A Escola do Primário

  • 6 de outubro de 2023

A Escola do Primário

No último domingo fui à antiga escola onde estudei por mais de 10 anos em Pirapó. 30 Km de estrada de chão, para quem não conhece. Perto de Dezesseis de Novembro, ou São Nicolau. Ou Roque Gonzales. Escolham. Fui votar na eleição do conselho tutelar. Fiz considerações meramente mentais. Nada verbal. Compartilhá-las-ei.

Na imensidão do tempo, há lugares que se transformam em refúgios etéreos de memória, onde sentimentos e aprendizados se fundem em uma nostalgia acalentadora. As salas de aula da escola do primário são, sem dúvida, um desses locais mágicos, e a professora, nossa guia amorosa em direção ao conhecimento, é a protagonista desse recanto de recordações.

Os primeiros anos da educação formal são uma jornada de descobertas e inocência, onde cada dia na escola se assemelha a uma aventura inexplorada. A sala de aula do primário era como um mundo em miniatura, cheio de carteiras enfileiradas, giz, quadro-negro e, claro, o aroma inconfundível dos livros e do papel. Nesse ambiente, onde a imaginação e a curiosidade fluíam livremente, nossa professora desempenhava um papel fundamental.

Ela era muito mais do que uma mera educadora; era uma guardiã de sonhos e aspirações. Seu olhar gentil e seu sorriso caloroso eram faróis de esperança em meio às dificuldades da infância. Seus ensinamentos não se limitavam às matérias do currículo escolar, mas se estendiam à vida, aos valores e à empatia. Ela nos ensinou a importância da honestidade, do respeito e da solidariedade, lições que carregamos conosco até os dias de hoje.

A paixão pela sala de aula do primário não reside apenas na atmosfera acolhedora que ela proporcionava, mas também na conexão única que tínhamos com nossa professora. Era um amor platônico e puro, não no sentido romântico, mas na admiração profunda por alguém que tinha o dom de moldar nossas mentes e corações. Ela nos incentivava a sonhar alto, acreditando que éramos capazes de alcançar qualquer objetivo que escolhêssemos.

As lembranças desse tempo dourado evocam um sentimento de saudade que transcende a mera nostalgia. É a saudade de uma época em que o mundo era simples, em que o futuro parecia infinito e em que a fé na educação e no poder de uma professora para transformar vidas era inabalável.

Hoje, à medida que o tempo avança implacavelmente, olhamos para trás com gratidão e carinho por essas salas de aula e por aquela professora extraordinária que plantou as sementes do conhecimento e do amor em nossos corações. Cada lágrima derramada ao lembrar-se desses momentos especiais é uma homenagem à beleza da educação e à inestimável influência das professoras que nunca esqueceremos.

Saudades, Escola Henrique Sommer, em Pirapó.

Saudades do cheio de álcool do mimeógrafo.

Saudades do giz amarelo e dos dedos manchados.

Deus abençoe e salve a educação dos nossos pequenos. Estamos nos distanciando do reconhecidamente natural. Isso, enquanto neurologista, me preocupa.

Amém.

 

 

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