Preço do trigo cai 5% na primeira
quinzena de setembro
O mercado de trigo encerrou a primeira quinzena de setembro com preços em baixa, em movimento puxado pela queda acentuada das cotações no Paraná. Enquanto a tonelada do cereal recuou 18% na média das regiões produtoras desde o início do mês, no Rio Grande do Sul a redução ficou próxima de 5%. No Estado, as negociações estão travadas e os últimos relatos indicam compras fechadas pelo patamar de R$ 1,1 mil a tonelada. Desde o início do ano até a primeira metade de setembro, os preços do trigo acumulam queda de 27% no RS e de 42% no Paraná.
Lavoura de trigo no RS é
estimada em 1 milhão de hectares
Lavouras de trigo estão nas fases reprodutivas, sendo 41% em floração e 34% em enchimento de grãos. O restante está em desenvolvimento vegetativo (19%) e maturação (9%). A área cultivada no ciclo 2023 é estimada em 1,5 milhão de hectares, com uma expectativa de colheita de 3.021 quilos do cereal por hectare. Mas diante da sequência de chuvas no Estado, atribuída ao El Niño, técnicos e entidades manifestam preocupação com o acamamento de plantas e com a crescente probabilidade de ocorrer doenças fúngicas, especialmente nas espigas. O problema pode comprometer o desenvolvimento dos grãos e seu uso na produção de farinha, derrubando s cotações.
Chuvas intensas dificultam
manejo na lavoura de milho
Os agricultores enfrentam dificuldades para manejar as lavouras de milho devido ao alto volume das chuvas. A saturação do solo e as temperaturas mais baixas inviabilizam a semeadura e o desenvolvimento das plantações, que estão em fase de emergência e em desenvolvimento vegetativo. Conforme a Emater, já se observa estresse nas plantas e, devido ao acúmulo de umidade no solo, não é possível realizar os tratos culturais necessários.
Três janelas para o plantio de soja no RS
A semeadura das lavouras de soja da Safra 2023/2024 terá três calendários no Rio Grande do Sul. A nova definição do Ministério da Agricultura foi publicada no Diário Oficial da União por meio da portaria DAS/Mapa nº 886 e atende também aos estados do Paraná, de Rondônia e Santa Catarina, com prazos diferentes. Com a mudança, a janela de plantio da oleaginosa, na região Sul-Sudeste do Estado, terá 110 dias e se estenderá até 18 de janeiro de 2024. Na região Norte-Nordeste, o período será de 120 dias, com limite em 28 de janeiro do próximo ano. Na região dos campos de altitude, o período será de 100 dias e vai até 8 de janeiro de 2024. A mudança atende o pedido de regionalização do calendário feito por entidades e pela Secretaria da Agricultura do Estado (Seapi) após o governo reduzir, em julho, a janela de implantação da lavoura em 40 dias. No Rio Grande do Sul, o vazio sanitário da soja vai de 3 de julho a 30 de setembro, e a implantação das lavouras começa em 1º de outubro.
Sem alteração no calendário da soja,
se agravaria o desabastecimento do milho
Alteração no calendário de plantio da soja beneficia não só produtores rurais, mas a economia gaúcha. Caso não fosse implementada, “poderia haver uma redução de oferta e o agravamento no abastecimento de milho, implicando em importações do grão de outros estados, o que, por sua vez, impactaria os custos de produção das cadeias produtivas, com reflexos na sua competitividade”, afirma o Secretário da Agricultura do Estado, Giovani Feltes.
Fetag quer isenção de impostos
para produtores rurais que precisam
renovar maquinários perdidos na enchente
A pauta elaborada com cinco pedidos ao governo gaúcho, a Fetag acrescentou a isenção de cobrança de ICMS para a compra de máquinas, equipamentos e instalações por produtores rurais que tiveram perdas nessa área, destruídas pela enchente. O objetivo é reduzir o custo de itens como ordenhadeiras, equipamentos para aviários e granjas de suínos. Uma resolução deverá ser publicada no menor prazo possível, relata o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva.
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