José Grisolia Filho
Depois de atingir em junho o pico da série histórica na plataforma de dados Comex Stat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, as importações de lácteos do Mercosul apontou para baixo em setembro. No acumulado de janeiro a setembro, o Brasil importou 171,5 mil toneladas, correspondente a 652 milhões de dólares, 105,5% a mais do que no mesmo período do ano passado.
As entidades que representam a agricultura familiar têm sido permanentes na denúncia desse quadro que enfraquece a produção nacional de leite. Sabe-se, até, que mais da metade dos produtores desistiram de produzir leite.
No Rio Grande do Sul a mobilização ocorreu quarta-feira em Jaguarão e atendeu convocação da categoria a se fazer presente nesse encontro, através da FETAG/RS e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultoras e Agricultores Familiares (Contag). Nesse evento foram definidos os termos do ato de protesto. Santa Catarina e Paraná também terão atos.
A reação da categoria também inclui audiências públicas junto a órgãos do governo. A categoria dos leiteiros quer saber da Camex como ela deixou entrar tanto leite e não se apercebeu disso antes, afirma o deputado federal Heitor Schuch. O parlamentar também quer respostas sobre a rastreabilidade do produto: “Chegamos ao fundo do poço, porque o preço do leite baixou na entressafra. Ou se resolve isso agora ou no ano que vem vamos ter o mesmo problema”.
Com o clima descontrolado, atender às referências que indicam os períodos para plantio se tornou um desafio, mas está sendo atendido. A primeira safra de milho 2023/2024 já está 26% semeada. A continuidade desse trabalho depende do clima. As chuvas desta semana paralisam esse trabalho, mas tão logo essa questão seja superada, o plantio será retomado. O segundo plantio de milho será em janeiro.
Conforme o clima permite, a colheita do trigo se realiza, já tendo atingido 40% da área de plantio. O andamento da colheita tem um ritmo determinado pelo clima, como de resto em todas as demais atividades no solo agrícola. Apesar das chuvas, a aposta dos produtores é que a produtividade supere a marca de 60% em relação a índices anteriores. A informação é estimulante para os produtores, que precisam de resultados para cobrir as perdas perdidas para o clima. Como a lavoura de trigo no Rio Grande do Sul é 5% maior em relação à anterior, a expectativa é de que os resultados sejam promissores.
O governo federal liberou linha de crédito do BNDES às cooperativas, para atendimento dos produtores que enfrentam dificuldades como consequência das questões climáticas. Os repasses já estão sendo feitos às cooperativas, que certamente precisam apresentar programa de aplicação dos benefícios.
Toda ação que ocorre na atividade agrícola, depende de condições e a principal delas é o clima. As limitações, no entanto, são superadas pelos produtores, atentos para o aproveitamento das condições favoráveis. A canola está sendo colhida e obtém uma média de 29 sacos por hectare. A média de produção é de 32 sacos. Mas os produtores de canola comemoram o apoio das abelhas que, através da polinização, está garantindo bons resultados nos resultados da colheita. Nesse período de polinização, os agricultores suspendem a aplicação de produtos que podem anular esse trabalho das abelhas.
O domingo será festivo no meio agrícola, porque neste dia se comemora a data internacional de homenagem à Mulher Rural.
O Rio Grande do Sul deve colher 40,9 milhões de toneladas de grãos em 2024. A informação foi divulgada pela Conab, em seu primeiro levantamento da safra de grãos 2023/2024. O número é 38,3% maior que em 2023, quando a produção gaúcha foi prejudicada pela estiagem. A produtividade média estimada é de 3.916 quilos por hectare, rendimento 35,9% superior ao do ciclo anterior. A expectativa é que a safra de grãos do Brasil, no período, deve chegar a 317,5 milhões de toneladas, com recuo de 1,5% ante o ciclo anterior. A expectativa é que a safra de grãos do Brasil, no período, deva chegar a 317,5 milhões de toneladas, com recuo de 1,5% ante o ciclo anterior.
O deputado federal Heitor Schuch – PSB (ex-presidente da FETAG/RS) protocolou o projeto de lei que veda a concessão de benefícios fiscais a empresam que utilizam leite importado como matéria-prima. “Tem que comprar do produtor nacional. Hoje, no RS, o preço médio do litro pago ao produtor está na média de R$ 1,88.
Os impactos do conflito entre Israel e Hamas, na agropecuária, ainda não são mensuráveis, mas preocupam. A apreensão reside na incerteza quanto ao tempo de duração da guerra e quanto ao envolvimento de outros países em questão. As entidades que representam o Agro, devem acompanhar esse quadro de dificuldades próprios de uma guerra.
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