Compor uma música, uma canção, é algo que não tem uma receita, ou uma fórmula precisa, e assim como outras formas de fazer arte, a inspiração surge de várias fontes, como um fato relevante na vida pessoal, um acontecimento histórico, um acaso, uma bela paisagem ou uma musa inspiradora! E as musas, seja de forma positiva ou negativa, foram fonte de muitas músicas, então separei algumas que acredito, estão entre as mais conhecidas, relevantes e interessantes canções que foram batizadas com nome de mulheres, ou musas que inspiraram o compositor:
A música soa “doce”, mas de certa forma é cruel. Foi escrita inspirada na esposa do guitarrista da banda Chelsea, onde Peter Criss, baterista do Kiss tocava antes. O nome dela era Rebecca – e todos a chamavam de ‘Beck’, nome original da canção. E fala sobre a esposa que ficava em casa enquanto o músico virava as noites com a banda.
Um dos maiores grupos de AOR ou Rock de Arena, também dono de muitas canções com nomes de mulheres, ou falando sobre suas musas, mas certamente “Rosanna” (“Toto IV”, 1982) é um dos maiores sucessos comerciais do grupo, nominada canção do ano no Grammy de 1983. Há a versão de que a música foi composta em homenagem a atriz Rosanna Arquette, que na época era namorada do tecladista Steve Porcaro, mas David Paich afirma que se inspirou em outras garotas que passaram pela sua vida, e gostava da sonoridade do nome “Rosanna”.
Um dos maiores guitarristas de todos os tempos, Clapton possui uma enorme gama de grandes canções, e a balada “Layla”, lançada em 1970, na época que Clapton comandava o “Derek and the Dominos”, teve como musa inspiradora a modelo Pattie Boyd, que era casada com George Harrison (Beatles), um grande amigo de Clapton. Mais tarde, após se divorciar de Harrison, Pattie casou com Clapton em 1979, divorciando-se dele também, pelos mesmos motivos que deixará Harrison: os problemas com drogas. A música ganhou um estigma de maldita, porque todas as pessoas ligadas a gravação do álbum acabaram envolvendo-se em tragédias na época, menos Clapton, que somente muitos anos mais tarde sofreu a perda do filho.
Beatles: Bela canção de arranjos inovadores na época (consta no álbum “Revolver”, de 66), e atual até hoje, fala sobre solidão, e essa personagem, uma pessoa de idade mais avançada, pode muito bem ser uma pessoa real. Ganhou até uma estátua, em Liverpool, dedicada à canção e a todas as pessoas solitárias.
Escrita por Ray Davies e gravada pelo grupo inglês, a canção tem um riff muito marcante e refrão pegajoso, e fala sobre um encontro, onde tudo leva a crer que o personagem conhece uma pessoa, mas que provavelmente era um travesti, e ele narra sua confusão, como podemos ver em versos como “Caminha como uma mulher, e fala como um homem…”. Reza a lenda que foi inspirada em uma experiência real do empresário da banda!
A música que está no álbum “Black Rose: A Rock Legend” (1979), foi composta por Phil Lynott e Gary Moore, em homenagem a recém nascida filha de Phil, e além disso, a curiosidade é que há duas músicas compostas por ele com o título “Sarah”. A primeira, está no álbum “Shades of a Blue Orphanage” (1972) e é em homenagem a avó de Phil, e a canção para sua filha, não raramente é creditada como “My Sarah”, inclusive saindo a grafia incorreta na edição norte americana do álbum.
A inspiração de Syd Barrett por trás da faixa é supostamente uma garota que ele viu, chamada Emily, enquanto estava viajando de LSD e dormindo na floresta. Mais tarde, no livro de Nicholas Schaffner, A Saucerful of Secrets: The Pink Floyd Odyssey, surgiu a versão de que Emily era a Honorável Emily Young, filha do político e escritor inglês Wayland Young, segundo Barão Kennet.
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