alvez os irlandeses do Thin Lizzy não tenham atingido o patamar de outros nomes dos anos 70, mas é um grupo que deixou um legado marcante. Seu talentoso e carismático fundador, o vocalista e baixista Phil Lynott (20/08/49 – 04/01/1986), tem até uma estátua em sua homenagem na capital irlandesa, Dublin. Até um time de futebol do país lançou camiseta em alusão a banda, considerados ícones nacionais. Lynott e o Thin Lizzy são cultuados inclusive por músicos de bandas como Metallica (que fez uma versão para “Whisky in The Jar”) e Iron Maiden, que os citam como influências e ídolos.
Dentre vários álbuns excelentes, neste mês de abril o seu 9° álbum, “Black Rose – A Rock Legend” (1979), completou 45 anos. A faixa título traz elementos da música folclórica irlandesa, incorporando canções tradicionais e alusões do poeta William Butler Yeats ao jogador de futebol George Best, amigo do líder de banda e principal compositor Phil Lynott.
Lançado em 1979 está entre os considerados melhores álbuns do Lizzy, sendo também um dos mais bem sucedidos comercialmente, e pessoalmente o coloco muito perto do pódio com o número um da banda, “Jailbreak”. Em “Black Rose” o grupo contava com Gary Moore fazendo a dupla de guitarras com Scott Gorham,no baixo e voz, naturalmente, Phil Lynott, e Brian Downey na bateria. 9 faixas embaladas por mais uma icônica capa feita pelo artista plástico irlandês Jim Fitzpatrick, que assina também a contracapa, com uma pintura dos membros da banda.
Daqueles álbuns que se ouve inteiro sem pular faixas, tendo algumas pérolas definitivas do Thin Lizzy, como a cativante e melodiosa “Do Anything you Want To”; a paulada “Waiting for an Alibi”, mas com as melodias características das guitarras gêmeas ; a épica “Roisin Dubh (Black Rose), com os duelos dos guitarrista e incursões de melodias típicas irlandesas; a bela balada, e uma das minhas preferidas da banda, “Sarah”, que Phil compôs para sua filha. Um clássico obrigatório a todo amante do Hard Rock e Classic Rock.
