No livro O conto da ilha desconhecida escrito pelo autor José Saramago encontramos a seguinte frase conhecida ‘’ É necessário sair da ilha para ver a ilha, não nos vemos se não saímos de nós’’. Esse trecho em específico representa a necessidade pela busca do novo e desconhecido. Ou seja, se desejamos avançar será preciso dar algum passo fora do ritmo, encarar uma nova perspectiva e descobrir outra direção.
Para o ganho dessa percepção é fundamental partir do habitual lugar em que já estávamos situados por um limbo de justificativas errôneas e porventura deslumbres do irreal. Talvez por medo de arriscar, quem sabe por não enxergar o que estava o tempo todo bem na ponta do nosso nariz, ou por conta das expectativas quebradas que precisam ser desfeitas para que os pés toquem em terra firme.
Reconhecer a si mesmo é um trabalho interminável e nem sempre confortável, já que em alguns momentos exige abrir mão. Além de ser indispensável tomar decisões, uma dose de coragem e um extra de paciência. As respostas tendem a ficar mais transparentes quando saímos do costumeiro e com bravura desbravamos o que existe além.
Isso requer que sejamos capazes de afastar achismos. Modificar o que enxergamos em nós mesmos, em outras pessoas e nas situações para começar a usar lentes sustentadas pela verdade com foco na essência das circunstâncias. Assim, ser capaz de escutar nossos sentimentos quando tudo for um eco barulhento e confuso.
Já estamos afeitos com aquilo que é ou com o que desejávamos que fosse, porém é essencial pegar o barco para atravessar essas limitações e frustrações. Talvez essa seja uma das ferramentas para se libertar e recomeçar com vista para um horizonte diferente.
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