A inclusão nesta quarta-feira (31) de sete trechos de rodovias no Rio Grande do Sul no Programa Nacional de Desestatização (PND) é o primeiro passo para a concessão à iniciativa privada. No Ministério dos Transportes, o objetivo é acelerar a elaboração de projetos para definir a modelagem para cada estrada e lançar os editais no ano que vem. O pacote foi bem recebido pelo Piratini. Em reunião com o secretário-executivo dos Transportes, George Santoro, o vice-governador, Gabriel Souza, também sugeriu a inclusão de mais uma rodovia, a BR-285, entre São Borja e Passo Fundo.
A concessão de estradas localizadas no Rio Grande do Sul à iniciativa privada faz parte de um pacote maior, em que o governo federal espera ampliar os canteiros de obras em diversas regiões do país, especialmente com foco no escoamento da produção agropecuária. O vice-governador solicitou que o Estado tenha assento nas discussões para assegurar que a modelagem de concessão assegure as obras necessárias e a conexão das estradas com outros modais.
A cobrança de pedágio divide opiniões entre a população. Souza reconhece que a medida pode ser impopular, mas não enxerga outra maneira de viabilizar obras que são aguardadas há décadas no Estado. O vice-governador garante que estará atento a erros cometidos no passado para assegurar que os futuros contratos ofereçam retorno adequado às tarifas pagas pelos usuários.
— É mais barato pagar o pedágio do que sofrer com a falta de investimento do Estado. Há modelos atualmente com novas tecnologias, com novas métricas de modelagem dos contratos, que oferecem preços proporcionais aos investimentos — defendeu.
Além de discutir as futuras concessões, o governo gaúcho quer ser incluído no debate sobre o futuro do trecho sul da BR-116, concedido atualmente à Ecosul. A União avalia a possibilidade de prorrogar mais uma vez o contrato, mediante redução das tarifas e compromisso de obras no trecho. O contrato em vigor termina em março de 2026, quando também poderia ser realizada uma nova licitação.
GZH
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