O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou ontem, quinta-feira, para 85 o número de trabalhadores resgatados em situação análoga à escravidão em lavouras de arroz de Uruguaiana, na Fronteira Oeste. O número inicial era de 56 pessoas, subindo para 82 no início desta semana e chegando agora aos 85 homens e mulheres.
O MTE e o Ministério Público do Trabalho (MPT) já identificaram os elos da cadeia produtiva do arroz nas duas estâncias onde houve o resgate. Os proprietários das terras, o arrendatário de uma das fazendas, os aliciadores e uma grande empresa de sementes que comprava e controlava a safra. Os nomes dos envolvidos são mantidos sob sigilo pelas autoridades. O esforço da fiscalização agora é identificar precisamente a responsabilidade de cada um dos envolvidos. Após essa etapa, deve ocorrer a negociação do pagamento voluntário das obrigações de cada um para com os trabalhadores, em indenizações individuais, e com a sociedade, em direitos coletivos.
O resgate ocorreu na sexta-feira passada, dia 10. Todos os trabalhadores estão sob atendimento dos órgãos de trabalho. Do total de pessoas, 11 são adolescentes com idades entre 14 e 17 anos. Os proprietários das estâncias onde estavam os trabalhadores disseram que não sabiam das suspeitas de exploração de mão de obra e condenaram o que ocorreu em suas instalações.
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