Mulheres e a luta pelos direitos, inclusive de fazer Rock and Roll!

  • 8 de março de 2024
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Desde o ano de 1908, o 8 de Março é celebrado para lembrar das conquistas das mulheres ao longo da história rumo à igualdade de gênero. A data nasceu após uma série de manifestações feministas por melhores condições de trabalho no século XX. É um absurdo pensar hoje que no Brasil somente em 1827 que as mulheres puderam começar a frequentar escolas e estudar além do primário, e o direito a voto aqui foi conquistado em 1932. Jogar futebol, só em 1979, porque mulheres eram proibidas de esportes que “não condiziam” com sua natureza.

Imagine então tocar Rock and Roll ou Blues? Um ambiente que era dominado pelos homens – e que infelizmente ainda tem muito machismo – era impensável ter mulheres fazendo esse tipo de música.

Mas pioneiras como SISTER ROSETTA THARPE lá nos anos 40 já começaram a mostrar que eram capazes de tocar guitarra e cantar blues ou rock tão bem quanto qualquer um, e que lugar de mulher é onde ela quiser.

Poderia citar aqui dezenas de pioneiras, que batalharam pelo direito de fazer sua música e subir no palco, como também por muitos outros direitos conquistados e que serviram e servem de inspiração. ARETHA FRANKLIN, a primeira mulher a ter seu nome marcado no Rock and Roll Hall of Fame, Joan Baez, Janis Joplin, Suzy Quatro. As RUNAWAYS nos anos 70, de Joan Jett e Lita Ford, que sofreram com o machismo e exploração da imagem, mas que venceram e seguem fazendo história em carreiras solo. E TINA TURNER, como não citar a Rainha do Rock? Uma lutadora que também sofreu com o machismo, tendo que batalhar para conseguir o divórcio, e mostrar ao mundo que podia ter uma carreira solo de sucesso, sem depender da sombra do ex-marido e parceiro Musical Ike.

Aqui no Brasil a nossa eterna Rainha é RITA LEE, que deixou clássicos marcados na história do Rock e música brasileira, um exemplo da luta pelos direitos e libertação feminina. E no Heavy Metal também temos uma Rainha, a alemã DORO PESCH, uma pioneira no meio mais pesado do Rock, desbravando essa fronteira nos anos 80 em meio a um ambiente praticamente dominado pelos homens. Nos anos 90 já tínhamos muito mais mulheres em todos os segmentos do Rock, inclusive desbravadoras como LIV KRISTINE, KARI RUESLATTEN e ANNEKE VAN GIERSBERGEN (que inclusive aniversaria dia 08/03) abriram novos caminhos, mostrando também que a mulher não precisava abrir mão de sua feminilidade para estar e vencer nesse meio.

E talvez mais árdua ainda a luta das mulheres trans nesse meio, como a norte americana  MARCIE FREE lá nos anos 90, época que o mundo estava muito menos preparado para uma pessoa, ainda mais pública, se declarar que era uma mulher presa em um corpo masculino. Aqui no Brasil a pioneira, e uma das poucas mulheres trans no Heavy Metal, é a paulista FÖXX SALEMA, que iniciou carreira no final dos anos 90, passando por bandas covers e autorais, lançando em 2019 seu primeiro álbum e prepara para 2024 seu segundo trabalho. FÖXX é ativista pela causa LGBTQI+ e já sofreu ataques e boicotes em redes sociais, porém não se intimida em seguir sua arte e luta pelos direitos iguais.

Essas pioneiras todas abriram e ainda abrem caminhos, inspiram muitas mulheres a seguir lutando por seus direitos, vencer as adversidades e, infelizmente, as violências físicas e psicológicas que ainda existem em número preocupante. Que não só no 08/03 haja espaço para reflexão e homenagens, mas que seja uma luta diária para que as mulheres se sintam seguras e livres para ir e vir, sem ter quem lhes diga que não podem usar esta ou aquela roupa, fazer isto ou aquilo, sobretudo um bom Rock and Roll!

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