O novo Fast Fashion

  • 14 de abril de 2023
Fast Fashion

Talvez já tenha reparado em uma tendência que vem sendo seguida por lojas de fast fashion desde o ano passado, mas que agora se consolidou de vez: As roupas não tão fast e muito mais fashion.

Se você não sabe o que é um “Fast Fashion”, eu explico: Esse é o termo usado para classificar lojas de roupas que apresentam dezenas de micro coleções anuais. Por possuírem uma produção muito rápida e, em geral, serem as primeiras a trazer as tendências das passarelas ou street style para as prateleiras, essas lojas não costumam investir na qualidade dos tecidos ou até mesmo, em mão de obra bem remunerada. O único objetivo é lotar as prateleiras o mais rápido possível com as principais novidades da indústria a preços o mais baixo possível.

Não é incomum vermos lojas estilo Fast Fashion envolvidas em polêmicas relacionadas à sustentabilidade (Há um descarte muito grande de roupas, a maioria feita com poliéster que é um tecido derivado do plástico) ou de mão de obra mal remunerada (Inclusive trabalho escravo). Porém dessa vez o assunto é exatamente o oposto do que estamos acostumados.

Está cada vez mais comum vermos as lojas desse segmento adotando uma estratégia contrária ao tradicional, e investindo em linhas “Atelier”, com peças de maior qualidade, bons tecidos, acabamento impecável e claro, preços que condizem com o produto que está sendo vendido. Zara, Renner e até C&A já possuem coleções especiais com essa característica.

Acredita-se que essa nova estratégia, de vender roupas de qualidade em coleções menores, é um reflexo dos dois extremos que temos acompanhado desde 2020. O primeiro, é a conscientização de um grupo de pessoas em relação ao consumo excessivo, que pararam de consumir em excesso, especialmente produtos de baixa qualidade. Já a outra vertente está ligada ao oposto, e ao grupo de pessoas que consomem produtos da gigante SHEIN, um dos maiores nomes do Fast Fashion, extremamente problemática em relação à qualidade dos produtos e uso de mão de obra escrava, mas também, com produtos muito baratos.

Em resumo, o Fast Fashion está acabando com o próprio Fast Fashion ao tornar um jogo de quem vende mais barato. E no fim, quem perde com isso? Nós, que gastamos o nosso dinheiro com roupas descartáveis.

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