Revisão dos lotes inicia revitalização do Distrito Industrial

  • 4 de agosto de 2023
Coopatrigo Distrito Industrial 2

A criação do Distrito Industrial foi a materialização do propósito de conduzir São Luiz Gonzaga à condição município desenvolvido no mundo dos negócios, proporcionando renda e empregos a toda a população.

Isso ocorreu ainda na década de 1970, no primeiro mandato do prefeito Jauri Gomes de Oliveira. Localizado na zona leste da cidade, com acesso pela RS-165, tendo ao lado, como inspiração, a fábrica de óleos recém implantada por A. Perim S/A, hoje empreendimento do Grupo Camera, que tem sua sede em Santa Rosa, o nosso Distrito Industrial compreendia uma área de terras adquirida pelo Município, com o pagamento feito através da escrituração de parte da ‘Fazenda do Coqueiro’, propriedade rural que na época se tornou patrimônio público por falta de sucessão.

A área escolhida para o Distrito Industrial era considerada estratégica, porque poderia ter um terminal ferroviário, o meio de transporte, na época, mais utilizado para o transporte de grandes cargas. O terreno era relativamente estreito, mas permitindo a destinação de lotes deixando espaço no centro para o trânsito de acesso, em duas mãos. Estende-se por um longo trajeto, para permitir o estabelecimento de dezenas de indústrias.

Entre as primeiras empresas a se estabelecerem no Distrito Industrial estão a Coopatrigo, que inicialmente construiu instalações para um depósito de leite, produzido por agricultores associados, produção que era encaminhada para indústria. O objetivo era incentivar a produção de leite nesta região, justificou na época o presidente da Coopatrigo, Enderson Rocha de Morais. Alguns anos depois, em função do resultado considerado limitado pela diretoria da entidade, o programa de incentivo ao leite foi desativado, sendo o local adaptado para o abate de animais bovinos, tendo como mercado estabelecimentos da cidade e da região. Inicialmente foi empreendimento da Coopatrigo, mas em seguida foi repassado para outros empreendedores. Atualmente essa instalação pertence a uma empresa de empreendedores da região, que inicialmente arrendavam esse patrimônio e como se deram muito bem nessa atividade, adquiriram da Coopatrigo o terreno e todas as instalações do abatedouro, que atualmente abate 25 animais/dia. Os proprietários devem ampliar o negócio, o que interessa muito aos pecuaristas da nossa região. A razão social é SIMI.

A Coopatrigo, apesar de ter desativado seu primeiro investimento no Distrito Industrial, manteve seu plano de expansão no local, adquirindo vários lotes interligados, onde instalou todos os empreendimentos industriais da entidade, desde o beneficiamento de arroz e outros produtos. Atualmente, a estrutura montada pela Cooperativa é de excepcional grandeza, cartão de visitas para que outras empresas também se estabeleçam no Distrito Industrial.

A outra empresa que se instalou tão logo o Distrito Industrial foi criado, está instalada em terreno localizado na entrada da área, com frente para aRS-165. Essa empresa monta máquinas agrícolas a partir de sucatas de equipamentos agrários.

Considera-se que a Indústria de Óleos da Camera deve ser considerada integrante do Distrito Industrial, embora esteja ao lado do projeto implantado pela Prefeitura.

A Prosolo, que comercializa calcário, implantou uma bonita sede no Distrito Industrial, o que é um fato recente. Artefatos de Concreto Tadeu, empresa de São Luiz Gonzaga, já tem endereço no local, bem como um aviário, de propriedade de uma empreendedora, a Solange, que produz ovos, carne e vários produtos domésticos

É o que temos de indústrias no local, que representa uma ocupação que não ocupa 10% da área. O que vimos, transitando de uma ponta a outra do distrito industrial, são residências e pequenas empresas rurais. Não vimos as olarias que produziam tijolos no Distrito Industrial. O acesso, com duas mãos para o trânsito de veículos, agora tem apenas uma via, porque a outra foi desativada pela falta de uso e coberta por grama. Só existe acesso pavimentado até a unidade da Coopatrigo, que compreende vários lotes, investimento que teria sido viabilizado por emendas parlamentares.

Na reunião da diretoria da ACI, em que o presidente da Coopatrigo, Paulo Pires, pediu mobilização para que o Distrito Industrial tenha investimentos de infraestrutura que estimulem empresas a se instalarem nesse local. Acrescentou que a indústria é muito importante para o desenvolvimento, porque gera renda pública e empregos, fontes fundamentais para o desenvolvimento dos municípios.

O prefeito Sidney Brondani, presente na reunião, disse que determinará uma revisão de todos os lotes do Distrito Industrial, para verificar como está sendo a ocupação e o que pode ser feito para direcionar a área exclusivamente à atividade industrial. São ações iniciais que podem justificar investimentos de infraestrutura, condição necessária para que o distrito industrial se torna área capaz de receber mais empresas.

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