Desde a antiguidade o homem adota sinais e símbolos. Nesta nossa época em que vivemos e convivemos com o império da comunicação, onde fatos, ideias, verdades, fake news, estão em um e em todos os espaços instantaneamente, nunca a humanidade utilizou-se tanto de sinais e símbolos para comunicar-se. Para tudo há um símbolo, um sinal, uma logo.
Ao aproximar-se a Semana da Pátria e todas as comemorações que são realizadas, vem-me à lembrança quando na escolinha distante, passávamos a semana desenhando e estudando os Símbolos Nacionais. Hoje, nem sei se os estudantes têm conhecimento de quais são os Símbolos Nacionais.
Pois julgo importante lembrar que temos quatro Símbolos Nacionais: a Bandeira, o Hino, As Armas e o Selo. Julgo, também, importante que se retome seus significados, sua simbologia e uso adequado, tanto nas escolas quanto em instituições públicas.
A Bandeira Nacional, instituída em 15-11-1889, é um emblema constituído pela sobreposição de formas geométricas: o retângulo, o losango e a esfera salpicada de estrelas e a faixa branca da ORDEM E PROGRESSO, frase do filósofo francês Auguste Comte, de orientação positivista.
Quanto às cores, nada oficial há sobre sua significação. Especialistas afirmam que o verde representa a casa de Bragança, da qual fazia parte D. Pedro I. O amarelo a casa de Habsburgo, da qual fazia parte D. Leopoldina. Registre-se que a casa de Bragança não foi exclusivamente verde, tendo também utilizado as cores vermelho, azul e branco.
No entanto, se não há nenhuma legislação definindo a simbologia das cores, a lei é clara quanto ao uso dos símbolos Nacionais em si.
A Bandeira Nacional deve ser usada sempre com atitude respeitosa. Entendo que cada um deve ter bom senso suficiente para conceituar “atitude respeitosa”, dado sua subjetividade.
Não vou me deter a tudo o que normatiza a legislação vigente, mas quero chamar atenção sobre dois pontos, pelo excessivo número de inconveniências que tenho visto.
O primeiro refere-se ao hasteamento da Bandeira nacional, cuja normativa é: A Bandeira Nacional, quando hasteada entre outras bandeiras, deve ficar centralizada. A partir da Bandeira Nacional, são colocadas as outras bandeiras, em ordem de precedência, começando pela direita da Bandeira Nacional. Quando se diz que a Bandeira do Estado deve ficar à direita da Bandeira do Brasil, deve-se entender que a posição à direita, é à direita de uma pessoa voltada para a plateia e não do lado direito da Bandeira. Quando forem apenas duas Bandeiras, a outra deve ficar à esquerda.
O segundo ponto diz respeito à atitude das pessoas em solenidades. É comum vermos os integrantes da Mesa Oficial, no momento do Hino Nacional, voltarem-se para a Bandeira Nacional, ficando, muitas vezes, de costas para a plateia. Isso é um erro grave, no momento em que se idolatra o Hino Nacional, Símbolo Nacional de igual amplitude e valor. Além disso, dar às costas ao público é sempre uma atitude inadequada.
A guisa de conclusão, desejo registrar que não tenho nenhum ranço quanto à interpretação de quem usa a tradicional definição do verde representando as matas. Para mim, cada um pode dar a interpretação que quiser do que representa a Bandeira para si, afinal ela é de cada um de nós. Para mim é a Pátria que amo e que sonho ver vibrante de justiça social. Quanto ao Hino, sonho que todos os brasileiros entendam essa tão rebuscada letra e, assim, saibamos que “as margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico”.
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