Fazendo referência a um trecho de um dos grandes hits de Tina Turner, “The Best”, no
título desta coluna, prestamos nossa singela homenagem a esta fantástica cantora e
performer, que nos deixou aos 83 anos no dia 24/05.
Blues, R&B, Soul, Gospel, Funk, Rock & Roll e Pop, Tina Turner, nascida Anna Mae
Bullock, desfilou com maestria por vários estilos, tendo a fase do final dos anos 60 e anos
70 a que mais ela e Ike flertaram com o Rock & Roll, mixando-o com o Funk e soul, como
no álbum de maior sucesso da dupla, “Workin’ Together” (1970). O disco trazia a versão de
“Proud Mary” (Creedence), que se transformou no hit mais bem sucedido do trabalho e
também da dupla, além de versões para “Let It Be” e “Get Back”, dos Beatles, e
composições próprias.
Entre 1960 e 1976 Tina fez dupla com o marido Ike, alcançando sucesso no circuito Rhythm
& Blues, mas nem tudo era glamour. Nos anos 60, quando o preconceito racial era algo
“normal” em certas regiões dos EUA, eles eram obrigados a entrar pela porta dos fundos
em algumas casas de show. Além disso, Tina sofria abuso físico e psicológico de seu
marido, fato que foi a público anos mais tarde, e somente em 1981 ela falou abertamente
sobre os abusos a que era submetida.
Quando conseguiu a separação de Ike em 78, Tina somente pediu o direito de seguir com o
seu nome artístico, que foi criado pelo ex. Muito do medo de Tina romper a relação, era por
receio de perder o que tinha conquistado como artista.
Em carreira solo, ela alcançou o estrelato, sendo referida várias vezes como “Rainha do
Rock”, tendo como suas marcas registradas a poderosa voz, a sensualidade e a explosiva
energia em palco. Com dezenas de hits, como “We Don’t Need Another Hero”, trilha do
clássico filme “Mad Max – Além da Cúpula do Trovão”, o qual ela também estrelou; “The
Best”, “Can’t Stop Thinking of You”, “It’s Only Love” e “GoldenEye”, tema do filme
homônimo de 007.
São tantos sucessos que ela foi vencedora de 12 Grammys, entrou no Hall of Fame, foi
apontada como uma das maiores cantoras da história por inúmeros críticos e publicações.
Tudo merecido e chancelado pelo público, que a colocou entre os artistas que mais
venderam discos, lotava seus shows e a colocou no Guiness Book, com a apresentação de
artista solo que levou o maior público, colocando 180 mil pessoas no Maracanã em 1988.
Ela teve momentos difíceis, os superou, ficou ainda mais forte, alcançou o merecido
sucesso e depois uma também merecida aposentadoria. Serviu de inspiração para muitas
mulheres, principalmente as negras, pois era na música onde elas conseguiam ter voz e
visibilidade em uma época ainda muito obscura.
Mãe de quatro filhos, Tina ficou afastada da vida pública, dedicando-se à família. Em uma
das raras aparições em público após a aposentadoria, pois passou por vários problemas de
saúde (derrame em 2016 e diagnóstico de câncer em 2018, ano em que também perdeu
seu filho mais velho, Craig, que cometeu suicídio), em 2021 ela postou vídeo no Instagram para divulgar o lançamento do documentário “Tina”, na HBO, que detalhou a sua carreira desde os anos 1960, quando formava dupla com o ex-marido Ike Turner (que faleceu em
2007), passando sua fase de maior sucesso individual nos anos 1980, até sua aposentadoria dos palcos em 2009.
Finalizo com a transcrição da nota de sua assessoria, informando o falecimento de Tina em
sua casa na Suiça: “Com sua música e sua paixão sem limites pela vida, ela encantou
milhões de fãs ao redor do mundo e inspirou as estrelas de amanhã. Hoje nos despedimos
de uma querida amiga que nos deixou sua maior obra: sua música. Toda a nossa sincera
compaixão vai para sua família.Tina, sentiremos muito sua falta”
You’re simple The best, better than all the rest.
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