Dados divulgados pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RS) indicam que a violência nas estradas está em elevação no Rio Grande do Sul. Os registros de acidentes em vias urbanas, rodovias estaduais e federais subiram pelo terceiro ano seguido entre os meses de janeiro e maio e contabilizam, em média, uma pessoa morta a cada cinco horas no Estado.
As 696 vítimas notificadas nesse período representam aumento de 2,8% em relação ao ano passado, uma tendência de agravamento que se mantém desde 2021. Uma das hipóteses para o crescimento dos óbitos é a retomada das atividades econômicas e sociais depois de passado o período mais agudo da pandemia de covid-19. “Infelizmente, estamos retornando a patamares que tínhamos antes da pandemia. A impressão é de que as pessoas estão saindo à rua, motoristas, motociclistas, pedestres, querendo recuperar o tempo em que não puderam circular”, analisa a presidente da Fundação Thiago Gonzaga e diretora institucional do Detran, Diza Gonzaga.
Um diagnóstico nacional elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), organização destinada a aprimorar a administração pública, indica que os gaúchos ficam em oitavo lugar no país no ranking das menores mortalidades no trânsito por Estado, com um índice de 13,4 vítimas por cem mil habitantes, quase três vezes abaixo do Mato Grosso, que ocupa a última e pior posição. Mas países europeus como Suécia, Inglaterra ou Noruega, em compensação, atingem patamares próximos de apenas três vítimas por cem mil e mostram que ainda há uma longa estrada a ser percorrida até uma melhor segurança viária nas estradas brasileiras.
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