No último sábado, nas terras de Esteio, na Expointer, testemunhamos algo mais do que uma simples apresentação musical. Fomos privilegiados ao sermos espectadores de um momento que ecoou através das gerações e trouxe à tona uma reflexão sobre a vitalidade da música gaúcha, enraizada no coração do Rio Grande do Sul. Quem me conhece sabe. É tradição arraigada neste jovem médico caminhar naqueles pavilhões e sentir o cheiro daquele momento, ano após ano.
A Expointer, um palco onde a cultura gaúcha se encontra com a agricultura, sempre foi um lugar especial para celebrar a tradição do Rio Grande. No entanto, o que aconteceu nesse dia foi um daqueles momentos raros que transcendem o entretenimento e nos fazem olhar para o futuro com esperança e inspiração.
A música, como a história de um povo, é uma forma de preservar e transmitir tradições de geração em geração. Muitas vezes, tememos que os valores e as artes tradicionais se percam nas correntes mutáveis do tempo. Mas, no sábado, vimos que a música gaúcha continua a fluir nas veias da juventude.
Uma criança espontaneamente no meio do público, assistindo o renomado cantor Lisandro Amaral, tomou os olhares de todos e ousou entoar uma canção do lendário Enio Medeiros. Esse gesto simples, mas carregado de significado, foi um testemunho do legado que está sendo transmitido às futuras gerações. Foi a prova de que as raízes da música gaúcha estão profundamente fincadas no solo do Rio Grande do Sul e que, mesmo nas mãos e vozes das crianças, elas florescerão com vitalidade.
“Sou caseiro, casereando, eu casereio… Nos ranchos, nas fazendas e onde ande…Sou feliz por ter nascido aqui no Sul, e fazer parte deste querido Rio Grande”, cantou o infante, em voz fina de 5 anos apenas.
Foi uma lição de continuidade, uma demonstração de que as tradições não precisam ser relíquias empoeiradas do passado, mas sim vivas e ressoantes no presente. E foi um chamado à ação para que todos nós, como guardiões da nossa cultura, continuemos a compartilhar e celebrar a música e as tradições gaúchas com as gerações vindouras.
Nesse momento de emoção e renovação, lembramos que a música é uma força unificadora que transcende barreiras e gerações. Ela é uma linguagem universal que nos conecta uns aos outros e à nossa história. Que este episódio na Expointer nos inspire a preservar e celebrar as raízes musicais que nos definem, e que a música gaúcha continue a contar a história do Rio Grande com a mesma paixão e vitalidade que a têm caracterizado por tanto tempo.
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